segunda-feira, 30 de maio de 2011

Editora Gente - Gente fazendo livros, livros fazendo Gente

Gente fazendo livros, livros fazendo Gente
Fundada em 17 de maio de 1984, a Editora Gente ocupa um espaço destacado no mercado editorial brasileiro, com grande reconhecimento no segmento e também entre nossos consumidores como uma empresa profissional, inovadora, dinâmica, e, sobretudo, humana.

Segundo informações constantes do site da Editora, seu maior objetivo é contribuir com o desenvolvimento humano. Por isso, optou por se dedicar a três linhas editoriais: auto-ajuda, educação e gestão.

A primeira, mais abrangente, abriga temas como espiritualidade, bem-estar, relacionamento, sexualidade, saúde, comportamento e finanças pessoais. A segunda aborda temas que atendem os interesses de pais, professores e pedagogos. Já a linha de gestão trata de questões de carreira, negócios, administração, gestão de recursos humanos e treinamento.

O ser humano é a nossa fonte de inspiração da editora. A parceria com seus autores busca sempre o objetivo da empresa: compartilhar conhecimentos e estimular o desenvolvimento de pessoas. Para isso, conta também com uma equipe que tem a função de transformar conhecimento em produtos atraentes e de qualidade que agreguem valor aos nossos clientes.

Sempre atenta à evolução do mercado editorial e às tendências sociais e de comportamento no Brasil e no exterior, a Editora Gente está presente nos principais eventos do calendário literário nacional, e freqüentemente busca novidades em feiras internacionais. Sabemos que não há limites para o conhecimento e nossos livros vêm ultrapassando fronteiras. Muitos deles já foram publicados em diversos países.

É por tudo isso que cada vez que uma pessoa lê um dos nossos livros e consegue mudar algo em sua vida, estamos cumprindo nossa missão: ajudar o Brasil a se tornar um país de campeões.

Livronautas buscou este texto no site da editora: http://www.editoragente.com.br/

No acervo Livronautas constam alguns livros editados pela Gente. Entre eles se destacam: Nas Ondas do Futuro, do autor Marco Aurélio Ferreira Vianna, é um livro de sociologia, considerado “ótimo”. Talento Para Ser Feliz, autora Leila Navarro, é livro de auto-ajuda, também considerado “ótimo”. Acesse http://www.livronautas.com.br/ e veja ainda os livros: O Homem de Hoje, de Patrick M. Morley; Sucesso Com Estilo de João Dória Junior e Grandes Idéias, de Alexandre Garrett.

Veja os livros comentados da Editora Gente: Clique aquí

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Livro Quem Mexeu no Meu Queijo? de Spencer Johnson


Os ratos Sniff e Scurry
 O debate sobre a importância de aprender a lidar com as mudanças no trabalho e na vida é o fio condutor de Quem Mexeu no Meu Queijo.O livro expressa isso, numa linguagem simpática e gostosa, com dois ratinhos  e dois homenzinhos – que são os personagens principais - vivendo em um labirinto. Os ratinhos têm facilidade para enfrentar as mudanças, adaptando-se facilmente a elas. Enquanto que os homenzinhos sofrem a terrível ameaça do medo. Medo de fracassar, medo da incapacidade, medo de errar, medo de se perder, medo de sofrer. São tantos os medos que os homenzinhos acabam ficando presos aos velhos hábitos. Dois comentários sobre o livro o consideram “excelente”, tanto pela simplicidade da leitura, como pela beleza da narrativa.

SOBRE O AUTOR
Spencer Johnson é norte-americano e nasceu em 1949. Ele se graduou em Psicologia pela Universidade de Califórnia. É escritor de sucesso reconhecido e aplaudido nas palestras motivacionais que faz pelos auditórios do mundo inteiro desde o lançamento de Quem Mexeu no Meu Queijo. Os seus outros livros, lançados aqui no Brasil, embora bem vendidos, não tiveram o mesmo sucesso. Os outros livros são: O Gerente-Minuto, O Pai-Minuto, A Mãe-Minuto, o Professor-Minuto e Um Minuto Para Mim. Não adiantou lançar tanto livro de minuto. Nenhum igualou nem chegou perto dos ratinhos. Fica a lição: mesmo para escrever livro de auto-ajuda o autor tem que ter uma história boa e muito talento.


TRECHO DO LIVRO
O labirinto era um emaranhado de corredores e divisões, algumas contendo um queijo delicioso. Mas também havia cantos escuros e becos sem saída. Era um lugar fácil para se perder.

Contudo, para aqueles que encontravam seu caminho, o labirinto tinha segredos que lhes permitiam ter uma vida melhor.

Os ratos, Sniff e Scurry, usavam o método simples, porém ineficiente, das tentativas de encontrar queijo. Eles corriam por um corredor e, se o encontrassem vazio, viravam-se e corriam por outro.

Sniff farejava a direção do queijo, usando seu grande focinho, e Scurry corria na frente. Como se poderia esperar, eles se perdiam, seguiam pelo corredor errado e freqüentemente se chocavam nas paredes.

Mas os dois duendes, Hen e Haw, usavam um método diferente e confiavam em sua capacidade de pensar e aprender com suas experiências, embora às vezes ficassem confusos com suas crenças e emoções.

Finalmente, usando seus próprios métodos, todos eles descobriram o que estavam procurando – um dia, encontraram seu próprio tipo de queijo no final de um dos corredores no Posto C de Queijo.

Depois disso, todas as manhãs os ratos e os duendes vestiam suas roupas de correr e seus tênis e se dirigiam ao Posto C.

Não demorou muito para uma rotina ser estabelecida.

Sniff e Scurry continuaram a acordar cedo todos os dias e correr pelo labirinto, seguindo sempre o mesmo caminho.

Quando chegavam a seu destino, os ratos tiravam os tênis, amarravam o cadarço de um dos pés no do outro e os penduravam nos pescoços – para ser possível calçá-los rapidamente sempre que necessário. Então comiam o queijo.

Uma rotina diferente foi estabelecida pelos duendes. Hem e Haw acordavam todos os dias um pouco mais tarde, vestiam-se sem muita pressa e caminhavam até o Posto C. Afinal de contas, agora sabiam onde o Queijo estava e como chegar lá.

Eles não tinham idéia de onde o Queijo vinha. Simplesmente presumiam que estaria naquele lugar.

Todas as manhãs, logo que chegavam ao Posto C, eles se instalavam ali sem a menor cerimônia. Penduravam as roupas de correr e tiravam os tênis, porque achavam que não precisariam deles de novo, agora que haviam encontrado o Queijo.

- Isso é ótimo – dizia Hem. – Há Queijo suficiente aqui para nos alimentar para sempre. – Os duendes sentiam-se felizes e bem-sucedidos, e achavam que agora estavam seguros.

Logo Hem e Haw passaram a considerar o Queijo que encontravam no Posto C seu Queijo. O estoque era tão grande, que eles acabaram se mudando para mais perto do Posto C, e criaram uma vida social ao seu redor.

Para se sentir mais em casa, decoraram as paredes com frases e até mesmo as contornaram com desenhos do Queijo, que os faziam sorrir.

Este livro está disponivel na Livronautas e até esta data esta classificado como um livro excelente. Clique Aqui

terça-feira, 17 de maio de 2011

Livro Ligue o Foda-se e Seja Feliz de Fabio Lemos

Embora o título adotado pelo autor seja inusual e, bastante chamativo para efeito de vendas, “Ligue o Foda-se e Seja Feliz”, é livro chatinho, vazio e nem traz nada de novo. No site livronautas o conceito é de livro péssimo. Um festival de lugar-comum usado por um palestrante inteligente que trilhou a enorme avenida da “auto ajuda”, mais exatamente no segmento das palestras motivacionais. Com certeza o autor possui os três requisitos básicos para o sucesso desse negócio: bem-falante, simpático e comunicador. Mas como escritor Fabio Lemos ainda precisa comer muita poeira nas avenidas da escrita. Aliás, a ausência de uma boa editora para a edição do livro, pode resultar em erros gramaticais que os revisores das boas editoras não costumam deixar passar. A história do personagem Zé, nem sequer é uma história legal. Pelo contrário é ruim e bobinha. Por vezes parece aquela arengada de pastor de igreja evangélica. A leitura é cansativa e o conteúdo do livro não passa de um monte de obviedades, mal ordenadas.

Autor Fabio Lemos
Fabio Lemos é goiano, embora não tenhamos conseguido saber a cidade e o ano de seu nascimento. Consultor de Vendas é palestrante na área de motivação, empresário e escritor. Seus livros conhecidos são: Ligue o Foda-se e Seja Feliz; Ouse Ser Feliz; e Profissão Vendedor.

Acompanhe um trecho do livro...”Agradeça constantemente pelas bênçãos na sua vida, mas continue na busca dos seus sonhos, procurando prosperar sempre. Não confunda ser grato com ser acomodado, são duas coisas muito diferentes. Seja grato, mas perseverante. Todos na vida vão experimentar, em algum momento, o sabor do fracasso, pois fracassar faz parte do processo de aprendizado. Só erra aquele que tenta, que se lança no caminho do fazer.

Erra aquele que tenta acertar. O fracasso nada mais é que a incapacidade, a falta de experiência, de conhecimento e de habilidade do ser humano na tentativa de empreender, criar, projetar ou realizar algo, seja o que for. Quando você fracassa é porque você ainda não encontrou a forma certa de fazer, o fracasso é um sinal que você precisa melhorar, adaptar-se, fazer melhor. Hoje, temos a nossa disposição um leque enorme de exemplos de homens e mulheres que alcançaram o ápice do sucesso, mas, antes, amargaram fracassos em algum momento da vida. Pense em figuras como Thomas Edson: quantas experiências acabaram em fracasso antes de invenções como o telefone ou a lâmpada elétrica? ...É claro que existem pessoas maravilhosas, amigos, parentes, indivíduos que nos amam e nos querem bem. Tenho certeza de que eles sempre estarão interessados em tudo que nos envolve, escutando-nos com carinho e amor....”

Veja se isso não parece preleção de pastor evangélico, antes do culto dominical???

Mais informações sobre o Livro Ligue o Foda-se e seja Feliz. Clique Aqui

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quinta-feira, 12 de maio de 2011

Livro A Guerra de Clara de Clara Kramer

A história de Clara Kramer, que tinha 13 anos quando os nazistas invadiram a Polônia. Ela e sua família eram judias. Uma resenha sensacional o leitor encontra no site www.livronautas.com.br Para não serem assassinados pelos nazistas, eles se esconderam no subsolo da casa do Senhor Beck, um anti-semita convicto, que decidiu desafiar as autoridades e manteve a família Kramer perigosamente escondida em sua casa até o final da guerra. A mãe de Clara a obrigava a anotar no diário tudo o que eles faziam no esconderijo. Este livro não é uma obra ficcional, a começar pela dedicatória da autora: “Aos meus pais, que me ensinaram compaixão e decência; a minha irmã caçula, que me mostrou a verdadeira bravura; e aos Beck, que me salvaram a vida e me devolveram a fé na humanidade.” Leitura fácil, emoção do início ao final.

Autora Clara Kramer
Folha de São Paulo, Globo e Valor Econômico teceram compridos elogios à Guerra de Clara, sempre destacando que se tratava de uma história real da família judia salva do holocausto por um anti-semita. O fato de um jornalista e roteirista de cinema - Stephen Glantz - ter auxiliado a autora, só contribui positivamente para a leitura deste livro.
Clara Kramer, polonesa, em 2010 tem 81 anos de idade. Tinha 13, quando em 1942 os nazistas invadiram a polônia.
A Guerra de Clara, seu único livro, foi escrito após o término da 2ª Guerra Mundial. O livro foi baseado em anotações de seu diário. O jornalista americano Stephen Glantz foi co-autor.




Capa do Livro
A Guerra de Clara
Zolkiew era a cidadezinha do interior da Polônia onde viviam os Kramer e os Beck. Clara tinha 13 anos de idade. Ela e sua família não foram assassinadas pelos nazistas porque os Beck os esconderam no sub solo de sua casa. Foram 18 meses de agonia, sofrimento, esperança, fome, tristeza, desconforto, doenças, e escuridão. A guerra de Clara é uma história sobre a intolerância e o perdão, escrita por uma adolescente que viu e ouviu milhares a sua volta serem assassinados pelo simples fato de serem judeus. Não há como não comparar A Guerra de Clara, com o Diário de Anne Frank ou a Lista de Schindler. Afinal são histórias verdadeiras, de gente que sobreviveu ao holocausto. Em Zolkiew existiam 5 mil judeus, como os Kramer, pouco mais de 60 se salvaram. A leitura é boa e simples, talvez pela adição do estilo do jornalista e cineasta Stephen Glantz, mas a esperança é a marca mais contundente no viver de cada dia, da autora Clara Kramer. Muito bom.

Mais informações sobre o Livro A Guerra de Clara: Clique Aqui

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quarta-feira, 11 de maio de 2011

Evento: 3ª Festa Literária de Pirinópolis

O jeito de cidade de interior e os atrativos naturais e históricos que extasiam os turistas abrem espaço para leituras e performances teatrais. De amanhã a domingo (15/5), Pirenópolis (GO), destino obrigatório para quem deseja conhecer o melhor do Centro-Oeste, recebe a terceira edição da Flipiri, festa literária organizada pela prefeitura municipal da cidade e pela Casa de Autores de Brasília. Debates, poesias e espetáculos teatrais vão tomar conta de pontos culturais, como o Cine Pireneus, a Praça da Leitura e o Theatro de Pyrenópolis Sebastião Pompeu de Pina.

Famosa pelo potencial turístico, a região apresenta vocação para a palavra e para o verso, num ano que homenageia a escritora goiana Cora Coralina. A abertura oficial ocorre quinta-feira, às 19h (na quarta-feira tem a Flipiri Itinerante). A atriz Elisa Lucinda, cronista do Correio, fará um recital na Praça Central. Pouco antes, às 16h, cerca de 400 pipas, sendo 100 delas de autoria de adolescentes do programa Pró-Jovem, da Secretaria de Ação Social, vão colorir os céus. Quarenta e sete escritores de Brasília, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro confirmaram presença no evento.

Vivência Bretas Tahan, a mais nova e única ainda viva dos sete filhos de Cora, cuida das obras deixadas pela mãe e prepara material para novos volumes de textos. Recusa dizer a idade: “Sai dessa! Faz 40 anos que não mudo de médico para não ter que fazer nova ficha”, ela brinca. E se diz muito feliz com a honra conferida pela festa. “Só tenho motivos para me orgulhar. Acho justíssimo. Depois de 26 anos da morte dela, ainda é homenageada em tantos lugares”, conta. O legado deixado pela mãe é hereditário: Vivencia também escreve. Mas acredita que a influência vai mais além. “As mulheres nunca devem desistir. Minha mãe começou a escrever aos 14 anos, mas só editou o primeiro livro quando tinha 76. Sempre escrevendo e guardando. Hoje acho que anda mais fácil, acessível você chegar a uma editora. Mas assim mesmo para a mulher ainda é difícil. É um problema cultural”, comenta Vivência, que não tem certeza se vai para Pirenópolis.

Paulo Salles, neto; Marlene Vellasco, presidente da Associação Casa de Cora Coralina; Heitor Rosa, escritor e amigo; e o também escritor goiano Elder Rocha Lima vão fazer leituras coletivas de obras da homenageada, contar histórias e conversar com o público. João Bosco Bezerra Bonfim preparou um cordel sobre a escritora e vai lançar o livreto durante a festa. Gedson Oliveira, secretário de Cultura da cidade, explica que o evento serve para estreitar os laços entre sociedade e produção artística. “É construída com a comunidade. Durante o ano, nós promovemos encontros para traçar o modelo que a gente quer. Não tem objetivo de comercialização do livro. A gente quer mostrar o gosto que a leitura tem”, analisa. “A gente quer que a cidade respire a festa literária”, completa.

Ponto de encontro
A programação de quatro dias promete conectar literatura, educação e passeios pela cidade histórica, com os saraus dos Quintais Poéticos, a Carroça de Leitura, transporte rústico transformado em biblioteca ambulante, e o Bondinho de Poetas, que vai transportar escritores para vários locais da cidade. Amanhã e quinta-feira, 22 escolas de localidades distantes do Centro Histórico de Pirenópolis também participam da festa. A Flipiri Itinerante leva os escritores até as salas de aula. A organização espera atender aproximadamente 230 professores e 5.600 alunos. O poeta Nicolas Behr, matogrossense apaixonado por Brasília, vê nas atividades uma valorização da produção da região e o estabelecimento de contatos entre escritores e público.

“A literatura se desloca para o interior. Acho que sai do eixo de Porto Alegre, Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador. E você atinge um público que não tem muito contato com a poesia, a literatura. Dá uma democratizada e uma oxigenada na poesia. É bom para o escritor, é bom para o público. Não existe escritor sem leitor. E a feira desmistifica o escritor, mostra que ele é de carne e osso. Espero que ocorram em outras cidades”, destaca. Behr viaja o interior de Goiás acompanhado de cinco poetas do coletivo Oi Poema: Cristiane Sobral, Luis Turiba, Angélica Torres, Bic Prado e Amneres Santiago. Eles fazem recital no dia 14 (sábado), às 21h, no Espaço Eco.

» As atrações

Quinta-feira

» 19h às 20h30
Cerimônia de abertura – Theatro de Pyrenópolis

» 20h às 21h
Recital de música sacra goiana – Igreja Nossa Senhora do Rosário

» 21h às 22h
Recital poético e sessão de autógrafos com Elisa Lucinda – Praça Central

Sexta-feira

» 18h30 às 19h
Vila Boa de Goyaz, documentário de Vladimir Carvalho – Cine Pireneus

» 19h às 20h
Cora dentro de mim, performance teatral de Lília Diniz – Cine Pireneus

» 20h30 às 21h30
Opereta com a Graça de Deus – Theatro de Pyrenópolis

» 21h
Seresta com Trovadores dos Pireneus – Café Pireneus

» 21h às 22h
Quintal Poético, com Lília Diniz – Imperium Gastronomia

» 22h
Show com Pádua e Maria Eugênia – Praça Central

Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao-e-arte/2011/05/10/interna_diversao_arte,251549/festa-literaria-de-pirenopolis-faz-homenagem-a-cora-coralina.shtml

Acesse também: http://www.livronautas.com.br

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Livro O Encontro de Anne Enright

Autora Anne Enright
Anne Enright, no livro O Encontro, fez um texto que incomoda, desconforta e causa aflição ao leitor descuidado. Ela conta sobre a angústia e o sofrimento de toda a família Hegarty, que foi obrigada a se reunir para as cerimônias fúnebres de Liam, o irmão mais próximo de Verônica. Ela, que tem duas filhas, é o personagem narrador do drama que envolve sua avó, Ada, sua mãe, alguns de seus tios, e seus outros irmãos. Nesse clima é que acontece o encontro. O romance, embora um retrato de esperança e dor é ao mesmo tempo irado e vibrante. Mas não é uma leitura fácil. Está mais para prêmio de literatura que para contar uma boa história. Até agora o conceito do livro no site Livronautas é mediano.

Anne Enright é irlandesa de Dublin, nascida em 1962. Graduada em filosofia pelo Trinity College. Jornalista e escritora trabalhou no The Guardiam, New Yorker e London Review Of Books. Ganhou o Booker-Prizze de 2007. Ele já desfilou pela FLIP, sem grandes sucessos.

Livro O Encontro
Acompanhe este trecho do livro copiado do site Livronautas:

Então aqui estão todos, indo à corrida, finalmente. É segunda feira depois da Páscoa e todos os carros de Dublin estão indo à Feira em comboio, há coletivos alinhados pela rua O'Connell e trens partindo a cada vinte minutos da estação de Broadstone.

Os dias sem graça da Quaresma terminaram, a missão da Legião triunfou, os bordéis foram desbaratados pela polícia, aspergidos com água benta, comprados por Frank Duff e fechados. Uma grande procissão religiosa foi realizada e uma cruz levantada na rua Purdon por ele próprio, que subiu numa mesa de cozinha e bateu o prego com um martelo surpreendentemente grande. Vinte garotas foram decantadas no albergue Saneta Maria e desintoxicadas sob todos os aspectos. Todos tinham rezado dia e noite, noite e dia até se encherem, a cidade inteira estava por aqui com aquilo, tinham aceitado as cinzas, beijado a cruz e sentiam-se verdadeiramente, profundamente, espiritualmente limpos: o dia de Páscoa amanhece, damos graças ao Jota, e depois que todos comeram, riram e olharam as flores, vão para a cama e fazem amor (faz um tempão, quarenta dias) e dormem bastante, e aí, na manhã seguinte, saem todos para a corrida.

É a segunda-feira de Páscoa, uma época ainda branda. É o dia em que Cristo diz "Noli me tangere" para a mulher no horto. Não me toque. É cedo demais. Cedo demais para ser tocado.

Ah, Nolly May.

Se bem que talvez Ada faça alguma tentativa. Talvez ela esqueça, por um momento, que é Charlie que ela vai amar para todo o sempre e aproveite ao máximo com Nugent. Foi ele que a convidou, afinal; que ficou depois da missa, que mencionou a possibilidade do passeio. Claro que ela iria de qualquer jeito, portanto não é tanto um encontro amoroso que ele está sugerindo, mas uma carona.

Mais informações sobre este livro e a Autora. Clique Aqui

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Participe da Oficina Literária da Flip 2011

Até dia 13 de maio estão abertas as pré-inscrições para a oficina literária da Flip 2011. Nesta edição o tema será Crítica Literária e as aulas serão ministradas pelo professor Frederico Barbosa, curador da Casa das Rosas, em São Paulo, e autor de diversos livros, entre eles Rarefato, Nada Feito Nada, Contracorrente e Louco no Oco sem Beiras – Anatomia da Depressão.
Como pré-requisito os candidatos não podem ter nenhum livro publicado. Para participar da seleção para a oficina é necessário enviar um currículo para o e-mail oficinaliteraria@flip.org.br.  Serão selecionados 30 candidatos pela curadoria da Flip e o resultado será divulgado no dia 19 de maio, quinta-feira, no site http://www.flip.org.br/ .
Para mais informações, consulte o regulamento.
A oficina de crítica literária acontece em quatro módulos nos dias 7, 8, 9 e 10 de julho na Casa da Cultura, em Paraty, das 13h30 às 15hs.

9a. Festa LiteráriaInternacional de Paraty
6 a 10 de julho de 2011

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Livro: Antes Que Anoiteça de Reinaldo Arenas

Na Livronautas o leitor se depara com a autobiografia do cubano Reinaldo Arenas, que se suicidou em dezembro de 1990 na cidade de Nova York. A historia dele é um relato minucioso e rico das transformações sociais em Cuba antes e depois da tomada do poder por Fidel Castro em 1959. O livro resulta numa crítica contundente à ditadura castrista, porque o autor reunia as condições essenciais para se tornar uma vítima do regime de Fidel Castro. Ele era escritor, homossexual e dissidente político.

Autor Reinaldo Arenas
Reinaldo Arenas nasceu em 1943, na cidade de Holguim, Cuba, e suicidou-se aos 47 anos, em 1990, na cidade de Nova York.
Cursou Filosofia e Letras na Universidade de Havana, sem graduar-se. Foi poeta, escritor e teatrólogo.
Em janeiro de 1959 apoiou a derrubada do governo do ditador Fulgêncio Batista, através do Movimento 26 de Julho, liderado por Fidel Castro.
Logo após a instalação do governo Fidel, quando este se declarou adepto do regime comunista Reinaldo Arenas tornou-se um dissidente político e passou a combater o governo.
Permaneceu combatendo e desafiando o Governo Fidel Castro, na condição de escritor e militante do movimento gay, mesmo após a sua expulsão, juntamente com mais 10 mil outros cubanos, que em 1980 invadiram a embaixada do Peru e pediram asilo político. Nessa ocasião o Governo Fidel Castro forneceu salvo-conduto para quase todos os invasores da Embaixada, principalmente aos desocupados, deficientes físicos e mentais, pobres e gays.
Seus livros sempre foram contrabandeados para fora de Cuba e editados na Europa ou EUA.
A história de Reinaldo começa na década de 50, na infância passada na roça, comendo terra, cantando sozinho pelo mato, vivendo numa família de mulheres abandonadas, morando em uma casa minúscula. Permeia, na juventude, por vivências com revolucionários, escritores e poetas que marchavam diante de Fidel, extremamente viris e leais, embora também adotassem práticas homossexuais. Segue por passagens de prisões e torturas até a saída da Ilha promovida por Fidel, quando da invasão da embaixada do Peru. Depois vem a fase de Miami e Nova Iorque, até quando a noite chega e ele termina sua obra. Reinaldo Arenas, escritor de talento não consagrado, foi um dos poucos que conseguiu gritar ao mundo as mazelas do regime castrista, assim como os mitos e mentiras deslavadas que cercam qualquer revolução. Seu livro é um pungente protesto pela miséria material, intelectual, econômica, financeira, social, cultural, política e tecnológica que Fidel Castro impôs ao povo cubano. Ao longo da leitura se percebe que os governantes de Cuba bem poderiam figurar no livro a Marcha Insensatez, da Barbara Tuchman, onde os imperadores dos EUA têm lugar de destaque. Livro que vira filme geralmente é bom, mesmo sob o efeito midiático.

Leia este pequeno trecho do livro: O capitão dos rebeldes teve uma conversa comigo; chamava-se Eddy Sufíol e estava ferido; levara um tiro à chegada de Sosa Blanco, conforme ele mesmo me explicou. Também tinha um curativo enorme e bastante rústico de um lado do corpo; acho que uma das suas costelas estava quebrada. Aquele homem era um camponês de Velasco; olhou-me com certa admiração, mas não me aceitou; eu era muito jovem e não tinha arma. "O que temos de sobra são guerrilheiros, o que nos falta são armas", disse ele. Fiz todo o possível para ficar, e Cuco também me ajudou; assim, acabamos convencendo Sufíol, que disse que eu podia permanecer com eles por uma semana; depois, um grupo iria para Sierra Maestra e me levaria junto; se lá iriam aceitar-me ou não já não era mais da sua responsabilidade. Mas eu podia ficar por uma semana, ajudando em tudo o que fosse preciso: cozinhando, carregando água, indo buscar lenha.
Ao final de dez dias esperando a ordem de partir para Sierra Maestra chegaram de lá 45 homens e sete mulheres que Sufíol havia mandado como guerrilheiros; no entanto, como não tinham armas, foram expulsos, porque Castro não precisava deles. Eu não podia mais ficar; tinha de voltar para Holguín, matar um guarda, pegar seu fuzil e retomar. "Se você trouxer uma arma, será aceito na hora", disse-me Sufíol. Um dos rebeldes, um jovem de 18 anos aproximadamente, deu-me de presente sua única faca, explicando que eu não podia andar por aí sem arma; devia enfiar a faca nas costas de um guarda de Batista e voltar. "Vou ficar à sua espera aqui", disse o rapaz. Talvez tenha falado para me dar coragem, para que eu partisse com algum ânimo; e assim voltei para Holguín.
Agora eu me encontrava num caminhão com várias pessoas que tinham autorização para viajar até Águas Claras, um lugarejo perto de Holguín. Essas pessoas eram conhecidas dos soldados de Batista, mas eu, não; o motorista já me dissera que corria um grande risco pelo fato de me levar; na verdade, se descobrissem que eu era um dos alistados ou que não pertencia àquela região, todos seriam mortos.

Um trecho bem maior se encontra no site http://www.livronautas.com.br/

Mais informações sobre o livro Antes Que Anoiteça: Clique Aqui