segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A leitura para qualquer profissional. - Oscar Niemeyer

O senhor já escreveu que tudo na vida é precário e ilusório e que, diante do tempo, tudo vai ser esquecido. Até suas obras ?
É tudo tão precário, como as nossas pobres vidas.
É uma vaidade tola, isso não existe.
O sujeito tem que ser simples, trabalhar, ser cordial, ter prazer em ajudar os outros.

Um dos problemas hoje do arquiteto, aliás, de qualquer profissional, é que ele não quer ler. Não se interessa pela leitura. O mundo dele é só a vida dele. O horizonte dele é muito pequeno. Ele entra para a vida sem saber como se portar neste mundo tão difícil de lidar, cheio de preconceitos e privilégios.

Uma vez, eu estava aqui no escritório com algumas estudantes, uma delas perguntou para a outra:

"Você já leu Eça de Queiroz?" A outra respondeu: "É filho de Raquel de Queiroz? "

É uma merda, né?

Fonte: Jornal Correio Braziliense, edição 8/12/2012

(entrevista em 18 de março de 2007 (aos 99 anos de idade) 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pawana de Jean-Marie - J.M.G

Livro bom é assim: não tem tamanho, não tem tempo, não tem modismo. Pawana é a historia do Capitão Scammon, que no comando do barco Léonore, sai navegando pelo rumo contrário a que saiam todos os pescadores. Ele acreditava no paraiso das baleias, e o descobre, fato do qual foi testemunha o garoto John, de Nantucket que amava a misteriosa Araceli.

Se você já leu o classico Moby Dick, de Herman Melville, se lembrará daquele romance ao ler o extraordinário Pawana. Mas Pawama é mais genial que Moby Dick. A história é encantadora e emociona o leitor, mesmo aqueles que não curtem pescaria, não sabem nada sobre baleias, tubarões, golfinhos, jacarés nem botos. O autor desta excelente história é J.M. Le Clézio, ganhador do prêmio Nobel de Literatura de 2008. Ele criou um drama, com uma perspectiva histórica, onde o comandante Charles Scammon, caçador de baleias, descobre o paraiso delas, “um lugar secreto aonde as baleias vão parir seus filhotes, aonde as fêmeas velhas voltam para morrer”. A história também é vivida por John de Nantucket um garoto, sonhador, puro, inocente que amava o mar e entra na história para dar força ao amor, porque amava Araceli. Pawana, leitura breve, rápida, gostosa e comovente. Livro excelente. História imperdível.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Sobre o Autor Jean-Marie Gustave Le Clézio

Autor J.M.G. Le Clézio
O autor Jean-Marie Gustave Le Clézio, mais conhecido J.M.G. Le Clézio é francês, da cidade de Nice. Ele tem mais de 70 anos. Ao todo, escreveu 56 livros. Em 2008 ganhou o cobiçado prêmio Nobel de Literatura, que em dinheiro significa quase um milhão de euros. Seu primeiro sucesso foi aos 23 anos, com “O interrogatório". Em julho de 2012 era um dos badalados escritores estrangeiros convidados para a 10ª Festa Literária Internacional de Parati FLIP. Seus livros de maior sucesso no Brasil são: Pawana e Peixe Dourado.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Livro Pais e Filhos do Russo Ivan Turgenyev

capa do Livro Pais e Filhos
Pais e Filhos a obra-prima do russo Ivan Turgenyev já está na Livronautas. O livro foi publicado pela primeira vez em 1862. Na época que o autor escreveu o romance era um tempo de convulsões sociais e políticas, na velha Russia dos nobres e dos mujiques. A história começa quando Arkádi Kirsánov chega à casa de seus pais, para passar férias escolares vindo de São Petersburgo, acompanhado de seu inseparável amigo de escola Bazaróv. Bazarov era um rebelde sem causa, estudante de medicina, nihilista convicto, contestava tudo: o amor, a vida, a arte, as tradições nobiliárquicas e até a religião. Arkádi Kirsánov era "carne e osso" de Bazaróv mas busca um caminho diferente de seu amigo, embora também fosse muito contestador. É um romance muito bom, embora escrito em 1862 e situado na mesma época.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Cinquenta Tons de Cinza é sucesso no Brasil e no Mundo

Cinquenta Tons de Cinza
de Erika James


Cinquenta tons de Cinza, aqui no Brasil, é o livro da vez. Na Europa e EUA, além deste, já saíram “Cinquenta Tons Mais Escuros” e “Cinquenta Tons de Liberdade”. Em Madri, agora em agosto, eu vi pilhas enormes dos "cinquenta tons" desaparecem num instante tanto na Fenac, como no El Corte Inglés. Esta é a trilogia que faz sucesso. O segundo livro está programado para chegar às livrarias brasileiras em setembro. É preciso ter muito talento para escrever um bom romance erótico. Neste caso o talento é da escritora Érika James. Só uma mulher talentosa poderia ser tão detalhista ao descrever cenas tão sensuais. Mas se enganam os leitores que imaginam tratar-se daquele erotismo devasso, do tipo Henry Miller ou das brasileiras Cassandra Rios, Adelaide Carrara ou Bruna Surfistinha. Cinquenta Tons é romance abarrotado de erotismo, sem nenhum tabu, mas generosamente carregado de sensualidade.

Cinquenta tons de Cinza já está na Livronautas e o atual conceito para este Livro é Ótimo.

III Festival de Literatura do Colégio Estadual São Joaquim


Sobradinho, cidade de 30 mil habitantes, situada ao norte do Estado da Bahia, na região da usina hidrelétrica de Sobradinho, realiza na primeira semana de setembro o III Festival de Literatura do Colégio Estadual São Joaquim.
Com o objetivo de mostrar a criatividade, o talento, a história da literatura, da música, da cidade de SOBRADINHO, e ao mesmo tempo de dinamizar as aulas de Língua portuguesa e Literatura brasileira, temos a alegria de mais uma vez realizar o III Festival de Literatura do Colégio São Joaquim, na cidade de Sobradinho-Ba.
Esse evento vem acontecendo todos os anos no mês de Setembro, e a cada ano nos surpreende com trabalhos incríveis sempre com grande sucesso, é o momento onde percebemos a sensibilidade, a coerência, a capacidade dos nossos alunos, trazendo a literatura de acordo com a concepção de cada um, mostrando nos a forma como eles estudam as obras e os escritores, as histórias, os causos, os cordeis, as poesias, a literatura da região, as danças e as representações literárias.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

30ª Bienal de Artes em São Paulo

Vai começar a 30ª Bienal de Artes em S.Paulo. Com orçamento de 30 milhões, estarão expostas obras - pinturas, esculturas e outras artes plásticas - de nada menos que 110 artistas, dos quais 21 são brasileiros. Uma grande festa de abertura inaugura, dia 5, quarta feira, no Museu de Arte Moderna - MAM, no Parque Ibirapuera à qual comparecem autoridades, artistas e convidados que são selecionados pelos patrocinadores. A abertura para o publico começa dia 7 de setembro e vai até o inicio de dezembro. Se neste período você estiver em São Paulo, Livronautas recomenda que visite a Bienal, porque arte plástica se parece com literatura: ambas são para curtir.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nobel de Literatura elogia Bienal de Brasília

BRASÍLIA (O REPÓRTER) - A 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura foi aberta, em cerimônia que reuniu representantes do Governo do Distrito Federal, do Ministério da Cultura, da Universidade de Brasília e da coordenação geral do evento, que dividiram com os escritores Wole Soyinka e Stella Maris a atenção da plateia.

A solenidade de abertura aconteceu com o auditório Nelson Rodrigues lotado. A iniciativa foi celebrada nos curtos discursos feitos pelo coordenador geral da Bienal, Nilson Rodrigues, pelo presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim (representando a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda) e pelo vice-reitor João Batista. Mas partiu do escritor homenageado da Bienal, o nigeriano Wole Soyinka, primeiro negro a receber o Prêmio Nobel, o discurso que deu o tom ao evento. Falando em nome do povo iorubá, ele convocou “Oxalá, Oxum”.

Wole Soyinka foi muito aplaudido pela plateia. Simpático, tranquilo, o escritor contou: “Acabei de chegar da Nigéria, onde organizei um festival de sete dias e pensei que o meu era festivo e alegre, mas este é muito mais!” – disse, referindo-se ao auditório cheio e ruidoso. “Esta é uma época maravilhosa! Estou retornando ao Brasil, que considero minha segunda casa. E isso não é só uma fala: é realmente o que sinto. Eu sou iorubá e o iorubá está na raiz da cultura brasileira. Estou muito honrado de participar deste evento, em nome dos iorubás. Vai ser um prazer ter um contato maior com vocês.”

Soyinka assistiu de perto à entrega dos prêmios aos primeiros colocados de cinco categorias do Prêmio Brasília de Literatura: Biografia/João Paulo Cavalcanti, por Fernando pessoa – Uma quase autobiografia; Contos e Crônicas/Antonio prata, por Meio intelectual, meio de esquerda; Poesia/Affonso Romano de Sant’Anna, por Sísifo desce a Montanha; Reportagem/Fernando Morais, por Os Últimos Soldados da Guerra Fria; e Romance/Michel Laub, por Diário de uma queda. Todos os vencedores foram ovacionados e apenas Fernando Morais tomou o microfone para dedicar seu prêmio aos cinco cubanos presos nos Estados Unidos que são personagens de seu livro e a todos os professores do mundo, “que são os maiores leitores de livros”, saudou.

Em seguida, coube ao secretário de Cultura, Hamilton Pereira, declarar aberta a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, afirmando que o evento quer “restabelecer o diálogo entre o Brasil e as matrizes culturais iorubas, na pessoa do mestre Soyinka”.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Caso Laura de André Vianco

André Vianco é paulista de Osasco, nascido em 1975. Escritor de sucesso no segmento literário do vampirismo, terror e suspense. A história de Laura é um caso de solidão. Solidão é coisa triste. Pior é que só gente triste e problemática se enreda com Laura. Um detetive, um anjo, um maluco. Ficção bem arquitetada pelo campeão André Vianco, em seu 13º livro. Mesmo com seu merecido e belo sucesso o autor não consegue escrever sem os componentes de mistério, terror, suspense e quando oportuno, vampirismo. Para quem gosta é prato cheio. A história de Laura vai muito bem até o capítulo 30, quando o leitor – desavisado - toma um susto. Do nada, um policial, detive-policial durão, profissional, se apaixona... do nada. Apaixona-se perdidamente por Laura a quem ele espionava. Assim: você me inspeciona e se apaixona. Normal, não? Aparece anjo, mistério, ocultismo, terror e o velho e bom suspense.
Depois é uma embolação só. Luz que acende. Luz que apaga. Cubículo sem saída, sem escada, sem buraco. Prateleira que cai. Parede que se abre. Corredor que surge até o túnel. Gente que recebe tiro e a bala desvia. Anjo para lá, anjo para cá. Bem feitos e maus feitos com graça e sem graça, até o final. O autor é bom. O livro, depois do capitulo 30 é chato, talvez pela banalidade, talvez pelo lugar comum do impossível que fica possível. Como num passe de mágica do chapeuzinho vermelho e seu lobo mau. Final da história previsivel e ...patético. Apesar de Rodrigo Soares, titular do atendimento ao internauta no site livronautas tenha dito que "O Caso Laura" estava bombando nas redes sociais,este não é um livro que se possa recomendar a leitura. É um livro ruim...





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domingo, 8 de abril de 2012

Livro Eles se Acreditavam Ilustres e Imortais



Este é um livro que leitores idosos, velhos ou antigos gostarão de ler. Os leitores jovens – entre 15 e 35 anos – dificilmente ouviram falar de qualquer dos personagens do livro, ainda que nenhum deles seja ficção. São celebridades mundiais que morreram doentes, desprezadas, esquecidas e até odiadas por parentes, amigos e fãs, numa triste repetição do mistério da vida. O tempo de vida é contado em anos. Raramente ultrapassa cem. O individuo nasce sozinho, vive em conjunto e morre sozinho, às vezes abandonado. Os leitores jovens não darão relevância à leitura, já os menos jovens, concordarão com o autor: O apogeu e a queda da vida são cruéis. Das celebridades é muito pior, pois geralmente só lhes sobram a ingratidão, esquecimento, pobreza e solidão. Assim foi a vida do arquiteto francês Le Courbusier, o arquiteto que fez escola mundial, cujos maiores discípulos foram Oscar Niemayer e Lucio Costa, autores do Plano Piloto, cidade de Brasília, em 1960. Leitura fácil, rápida e triste. O autor Michel Ragon nasceu na cidade de Marseille, França, em 1924. Tem 23 livros publicados. Aos 19 anos, em 1943, na cidade de Paris escrevia panfletos contra a invasão da França dos alemães, tendo sido perseguido pela Gestapo. Livreiro no pós 2ª Guerra, tornou-se poeta, crítico e historiador da arte e da arquitetura moderna.

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quarta-feira, 4 de abril de 2012

O que o faz escolher um livro entre milhares de outros na livraria?

Meados de 2011. Eu garimpava a internet procurando o livro “Pescar Truta na America”, quando me deparei com um comentário maravilhoso, poético, inteligente e espetacular, de outubro de 2007, no blog “Caminho do Careca”. Eu jamais tinha ouvido falar de Tibor Fischer, ou de seu livro A Gangue do Pensamento. Jamais compraria um livro com esse titulo. Mas diante do comentário do careca, resolvi arriscar.

"Pescar truta na América. Uma vez eu estava relendo O Mundo Segundo Garp, um excelente livro do John Irving que virou um filme médio com o Robbin Williams no papel principal. Não foi nem culpa dele, Robbin, que na época era um excelente comediante. É que o livro é bom demais, cheio de histórias paralelas, difícil de transpor para o cinema. Pois no livro, de repente o escritor iniciante Garp conta o que o faz escolher um livro entre milhares de outros na livraria. A magia está relacionada à primeira página, às frases, às primeiras palavras escritas no compêndio. Garp, fã do Grande Gastby de F.S.Fitzgerald, que reli por causa dele, decidia levar um livro se sentisse a fisgada do primeiro parágrafo. Em resumo, são os livros que nos pescam. Somos todos peixes para os escritores. Mas muito deles não sabem disso. Richard Brautigan sabia. Em 1967 ele escreveu um livro genial, Pescar truta na América. Vendeu dois milhões de exemplares. O livro saiu no Brasil, pela editora Marco Zero, com tradução de José J. Veiga. Na orelha do livro, o escritor goiano diz que é fã de Brautigan desde a década de 70, quando leu outros livros dele, Watermelon Sugar e All Watched Over. Mas os fãs e os elogios recebidos somente no início da carreira não adiantaram para o Brautigan. Ele caiu dos píncaros da glória para o ostracismo depois que o LSD perdeu o lugar para coisas da Bolívia e as anfetaminas subiram de preço. Mas de vez em quando, eu ainda volto a ser pescado por Pescar Truta...Para mim, um dos melhores livros pescadores do mundo é A Gangue do Pensamento, do Tibor Fischer. O sujeito consegue arquitetar, com brilhantismo, uma gaiola de embromações literárias que hão de enrolar você e suas companheiras de cama por um longo período. Ele parece inteligente a partir da primeira frase. Depois continua inteligente, e termina de um jeito inteligente. No final, você nem percebeu, mas tinha sido fisgado e estará procurando outro livro pescador do mesmo autor. Outro que sabia era o Guimarães Rosa. Nonada, a primeira e também a última palavra de Grandes Sertões, diz tudo. O cara sabia que ia prender você, leitor, pelo beiço. E não adianta sacudir a cabeça, dizer que achou que podia ser mais curto. Se você for um peixe honesto, vai admitir que o livro do G.R. é capaz de pescar qualquer um, do bagre ao atum. Ou seja, a coisa depende da armadilha do início, do garrote invisível acobertado no final do primeiro parágrafo. É ali, debaixo daquela isca de nada, imperceptível, que se esconde a ponta de aço de um anzol que irá ferroar a sua alma, irá aguilhoar o coração empedernido que bombeia o sangue nos seus pulmões. E uma vez fisgado, faça como achar melhor. Existem peixes que só faltam gritar, se debatendo desesperados para ir até o fim, voltar, reler algumas partes, contar para os amigos e só depois se soltar. Outros fogem e voltam, tentam esticar uma linha que terá sempre o mesmo alcance ou se romperá. Poucos são os sábios que se entregam com tranqüilidade no primeiro momento, para depois, de leve, bem de leve, conseguirem aos poucos se soltar. Eu não sou desses últimos, por sinal. Sou dos primeiros, que engolem a isca inteira e se vêem presos pelo esôfago. Me engasgo, me emociono, pareço virar do avesso. Só depois de muito cansado é que descanso de um livro pescador. E durante a minha vida tive a sorte de encontrar uma porção deles.”

Fonte: http://caminhodocareca.blogspot.com.br/

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segunda-feira, 2 de abril de 2012

A Vida quer é Coragem

Na mídia não se viu qualquer comentário desairoso sobre o livro que narra a trajetória política e pessoal da Presidenta Dilma Rousseff. Estranho, mesmo porque sobre sua vida atual ou pregressa sempre tem quem a critique. O autor Ricardo Amaral, embora jornalista conhecido, não tem (aparentemente) outros livros publicados. O sábio – desconhecido – Gustavo diz: “se a história é boa, o livro é bom”. Ao abrir o livro “A Vida Quer é Coragem”, não se encontra qualquer referencia ao autor, o que parece uma grave falta da editora “Primeiro Plano”. Mas esta falta de importância não corresponde à falta de talento. Conclusão: a história parece boa porque o livro é bom. Talvez prolixo ou “esticado” em alguns capítulos. Mas a narrativa emociona. Emociona não apenas na primeira parte do livro, onde o autor narra a trajetória pessoal da Presidenta, que na juventude foi militante da esquerda e guerrilheira. Perseguida pela polícia militar foi detida, torturada e condenada à prisão pela Justiça Militar, com pena cumprida no presídio Tiradentes, em São Paulo, durante quase três anos, entre 1970/1972. A segunda parte do livro conta a vida política da Dilma, que após a anistia – lenta segura e gradual, nas palavras do ditador Ernesto Geisel - se filia em 1989 ao partido de Leonel Brizolla. Depois passa ao PT de Lula. Aos 63 anos de idade chega à eleição de 2010, quando é eleita Presidente da Republica, por 55.752.483 votos. Ela derrotou José Serra, do PSDB, a quem já havia vencido no primeiro turno. O livro termina com sua posse. Se um livro consegue emocionar o leitor, mesmo quando os fatos do biografado já são de conhecimento publico, certamente é livro mais que bom. Por isso “A vida quer é coragem” é excelente, mesmo quando, antecipadamente, todos já sabem o seu final. Acesse http://www.livronautas.com.br/ insira o nome do livro ou do autor no espaço “buscar” e saiba mais sobre este e outros livros considerados ótimos. Tem alguns excelentes e também alguns livros ruins e outros péssimos.

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sexta-feira, 30 de março de 2012

Elas leem mais, mesmo que pouco

SEGUNDO PESQUISA, 57% DAS BRASILEIRAS TÊM O HÁBITO DA LEITURA, PRINCIPALMENTE AS ESTUDANTES. MÉDIA DE UM LIVRO A CADA TRÊS MESES.

Dados divulgados ontem da edição 2012 da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, encomendada pela Fundação Pró-Livro e pelo Ibope Inteligência, mostram que atualmente o perfil de leitores no país é majoritariamente feminino — 57% das mulheres têm o hábito de ler pelo menos um livro a cada três meses. O estudo classificou como leitores aqueles que leram pelo menos uma obra nos últimos três meses, inteira ou em parte. Ainda de acordo com o relatório, o Centro-Oeste tem a maior penetração de leitura do Brasil. Com 53%, a região tem um nível considerado acima da média, que é de 50%. Já entre os autores preferidos apontados pelos brasileiros estão Monteiro Lobato, Machado de Assis e Paulo Coelho.
A pesquisa ainda revela que textos escolares e livros didáticos são os maiores responsáveis pela frequência de leitura no país. Dos leitores brasileiros, 48% são estudantes. Entre os entrevistados, 44% afirmaram ler textos escolares diariamente, enquanto 37% leem os livros usados nas aulas. Já as obras indicadas pelo colégio representam 26% da leitura diária dos brasileiros. Da pesquisa realizada em 2007 para a divulgada ontem, houve um aumento de 13% no número de pessoas que leem livros indicados pela escola. A Bíblia aparece em primeiro lugar entre os gêneros preferidos, seguida de livros didáticos, romances, livros religiosos e de contos. Os professores estão em primeiro lugar na lista dos principais influenciadores da leitura, com 45%. Em segundo lugar, estão as mães, com 43%.
Longe do ideal
Apesar da influência do ambiente escolar, o brasileiro lê em média quatro livros por ano, mas apenas metade da população pode ser considerada leitora. Nos países europeus, por exemplo, a média de livros lidos anualmente é o dobro. Presidente do Instituto Pró-Livro (IPL), Karine Pansa acredita que ainda levará tempo para que o Brasil alcance níveis de leitura considerados ideais. "Isso é um futuro longo e a gente vai ter que batalhar muito", disse.
Para a presidente do IPL, o estudo "visa mostrar muito além do comportamento do leitor brasileiro, mas promover reflexões e debates sobre os avanços e os impasses que os resultados revelarão". "Esperamos que os cenários apresentados possam contribuir para a avaliação e a implementação de políticas públicas que melhorem os índices de leitura no Brasil", destacou.
A pesquisa indicou ainda uma queda no número de leitores no país: de 95,6 milhões registrados em 2007 para 88,2 milhões contabilizados em 2011. O índice representa uma queda de 9,1% em um período em que a população brasileira cresceu 2,9%, de acordo com o IBGE. Segundo o diretor do Ibope Inteligência, Hélio Gastaldi, o aumento da expectativa de vida e a redução da concentração de brasileiros em idade escolar estão entre os causadores da diminuição de leitores. Além disso, Gastaldi afirmou que a leitura está mais pulverizada. Foram entrevistadas para a pesquisa 5.012 pessoas em 315 municípios brasileiros entre 11 de junho e 3 de julho de 2011.

Se você procura uma ótima dica de leitura, acesse http://www.livronautas.com.br/

sexta-feira, 23 de março de 2012

Livro Sobre Meninos e Lobos de Dennis Lehane

Sobre Meninos e Lobos é livro de sucesso há bastante tempo. O autor Dennis Lehane é americano, nasceu em Boston e tem 46 anos. Antes de se tornar um escritor ele trabalhou como conselheiro numa escola de deficientes mentais e crianças violentadas. David só escreve no estilo policial e se tornou muito conhecido quando o livro Sobre Meninos e Lobos virou filme, estrelado por Clint Eastwood, tendo sido indicado para receber um Oscar.

O livro conta uma história de crime e castigo, com os tradicionais ingredientes das histórias policiais. Um crime bárbaro. Um policial muito íntegro e completamente técnico. Um grupo de amigos de infância, onde todos conhecem os seus muitos defeitos e poucas qualidades. Também conhecem e misturam suas mulheres, seus filhos, seus amores, seus porres, seus heroísmos, suas angustias e traumas. Aliás, trauma é coisa que não falta na história: O Dave quando menino foi sequestrado por dois adultos, que durante três ou quatro dias o submeteram a toda sorte de abusos sexuais. Cada um dos três personagens principais tem algo a revelar. Mas, tudo não passa de criminalidade gratuita, violenta e às vezes consentida nos bairros pobres americanos. O final não surpreende, mas é bom.

Acesse http://www.livronautas.com.br/ e saiba mais.

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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O fantasma de Khomeini na cola de Rushdie

Autor de ‘Versos satânicos’ desiste de festival literário na Índia após ameaça de morte!

Ameaças de morte fizeram o escritor indiano-britânico Salman Rushdie cancelar sua participação em um festival de literatura em sua terra natal. Mas não calaram a obra do autor de Versos satânicos — cuja publicação, há 24 anos, rendeu-lhe uma condenação à morte pelo então líder supremo do Irã, aiatolá Ruhollah Khomeini, que viu no romance um insulto ao profeta Maomé e ao Islã. Rushdie desistiu do Festival de Literatura de Jaipur, o maior da Ásia, mas dois proeminentes autores indianos, Hari Kunzru e Amitava Kumar, leram trechos do livro controverso em público, em sinal de apoio a Rushdie. As recentes ameaças contra Rushdie, de 65 anos, começaram no início do mês, quando os organizadores do festival anunciaram a participação dele.

Autor do livro “Deus, um delírio” afirmou que espera ver a morte completa da religião

Um dos ateus mais conhecidos do mundo, o biólogo e escritor Richard Dawkins, fez declarações polemicas sobre a religião em uma entrevista dada durante o Festival de Literatura em Jaipur, na Índia.

Dawkins tem 71 anos e é autor do best-seller “Deus, um delírio”. Na última segunda feira o biólogo deu declarações afirmando que espera que aconteça logo “a morte completa da religião organizada”, ele afirmou esperar que isso aconteça ainda durante sua vida.

Segundo o The Times of India o biólogo falou ainda da ausência do escritor Salman Rushdi no festival, fato que ele chamou de uma “desgraça lamentável”. Rushdi não viajou para a Índia para participar do festival porque está recebendo ameaças de morte de grupos religiosos fanáticos.

Salman Rushdi é autor do polêmico livro “Versos Satânicos”, no qual critica os muçulmanos pela perseguição a fiéis de outras crenças. Esse livro é o motivo pelo qual em 1989 o aiatolá Khomeini, do Irã, ofereceu dinheiro ao muçulmano que matasse Rushdie.

Residente na Grã-Bretanha o escritor precisou passar alguns anos sob proteção da polícia por causa das ameaças. Apesar de a fatwa (manifestação de uma autoridade religiosa com base Islã) do aiatolá iraniano ter sido suspensa, nas vésperas do festival de Jaipur líderes muçulmanos voltaram a defender a morte de Rushdie.

Dawkins comparou a perseguição sofrida pelo colega com um episódio que ocorreu no século 16, quando católicos escreveram a uma autoridade do Vaticano para saber se poderiam matar a rainha Elizabeth I por ter levado milhões de fiéis para a Igreja Anglicana. O cientista disse que, na ocasião, o Vaticano respondeu que seria um ato “louvável”.

Dawkins criticou ainda um suposto salvo-conduto que os líderes religiosos têm para pregar o ódio, e disse que, por isso, é preciso combater “o vírus da fé”.

Para saber mais informações sobre o livro: Deus, um delírio - Clique Aqui

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Ameaças forçam Rushdie a desistir de festival de literatura

O escritor Salman Rushdie renunciou hoje à sua participação num festival de literatura na Índia, afirmando que temia pela sua vida. Radicais muçulmanos criticaram abertamente a sua presença no evento e fizeram ameaças de morte.

"Fui informado pelos serviços de informação (...) que assassinos a soldo de Bombaim poderiam estar a caminho de Jaipur para me tentar matar", afirmou o escritor num comunicado em que renuncia à sua participação no Festival Literário de Jaipur. Via Twitter, declarou-se "muito triste por não estar em Jaipur. Foi-me dito que a máfia de Bombaim deu armas a dois atiradores para me "eliminarem".

A presença de Salman Rushdie no festival reacendeu a controvérsia em torno do "Versículos Satânicos", livro considerado blasfematório por alguns muçulmanos e que esteve na origem de uma fatwa decretada pelo ayatollah Khomenei em fevereiro de 1989, incentivando a morte do escritor, nascido em Bombaim numa família muçulmana e naturalizado britânico.

A polémica reacendeu-se nas últimas semanas quando o líder da universidade islâmica Darul Uloom, berço do pensamento muçulmano pediu ao governo para impedir a entrada de Rushdie na India.

Na sequência das ameaças, o ministro de estado do Rajastão, onde está localizada a cidade de Jaipur, aconselhou Salman Rushdie a evitar a entrada no país por razões de segurança.

As ameaças ao escritor fizeram várias vítimas. O tradutor japonês de Salman Rushdie foi esfaqueado até à morte em 1991 e um mês depois o tradutor italiano foi espancado e esfaqueado por alguém que queria o endereço do escritor. Em 1993, foi o editor norueguês que foi alvejado, tendo ficado seriamente ferido.

Fonte: DN Globo

Link Original: http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2253248&seccao=%C1sia