quarta-feira, 18 de abril de 2012

Nobel de Literatura elogia Bienal de Brasília

BRASÍLIA (O REPÓRTER) - A 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura foi aberta, em cerimônia que reuniu representantes do Governo do Distrito Federal, do Ministério da Cultura, da Universidade de Brasília e da coordenação geral do evento, que dividiram com os escritores Wole Soyinka e Stella Maris a atenção da plateia.

A solenidade de abertura aconteceu com o auditório Nelson Rodrigues lotado. A iniciativa foi celebrada nos curtos discursos feitos pelo coordenador geral da Bienal, Nilson Rodrigues, pelo presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Galeno Amorim (representando a Ministra da Cultura, Ana de Hollanda) e pelo vice-reitor João Batista. Mas partiu do escritor homenageado da Bienal, o nigeriano Wole Soyinka, primeiro negro a receber o Prêmio Nobel, o discurso que deu o tom ao evento. Falando em nome do povo iorubá, ele convocou “Oxalá, Oxum”.

Wole Soyinka foi muito aplaudido pela plateia. Simpático, tranquilo, o escritor contou: “Acabei de chegar da Nigéria, onde organizei um festival de sete dias e pensei que o meu era festivo e alegre, mas este é muito mais!” – disse, referindo-se ao auditório cheio e ruidoso. “Esta é uma época maravilhosa! Estou retornando ao Brasil, que considero minha segunda casa. E isso não é só uma fala: é realmente o que sinto. Eu sou iorubá e o iorubá está na raiz da cultura brasileira. Estou muito honrado de participar deste evento, em nome dos iorubás. Vai ser um prazer ter um contato maior com vocês.”

Soyinka assistiu de perto à entrega dos prêmios aos primeiros colocados de cinco categorias do Prêmio Brasília de Literatura: Biografia/João Paulo Cavalcanti, por Fernando pessoa – Uma quase autobiografia; Contos e Crônicas/Antonio prata, por Meio intelectual, meio de esquerda; Poesia/Affonso Romano de Sant’Anna, por Sísifo desce a Montanha; Reportagem/Fernando Morais, por Os Últimos Soldados da Guerra Fria; e Romance/Michel Laub, por Diário de uma queda. Todos os vencedores foram ovacionados e apenas Fernando Morais tomou o microfone para dedicar seu prêmio aos cinco cubanos presos nos Estados Unidos que são personagens de seu livro e a todos os professores do mundo, “que são os maiores leitores de livros”, saudou.

Em seguida, coube ao secretário de Cultura, Hamilton Pereira, declarar aberta a 1ª Bienal Brasil do Livro e da Leitura, afirmando que o evento quer “restabelecer o diálogo entre o Brasil e as matrizes culturais iorubas, na pessoa do mestre Soyinka”.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O Caso Laura de André Vianco

André Vianco é paulista de Osasco, nascido em 1975. Escritor de sucesso no segmento literário do vampirismo, terror e suspense. A história de Laura é um caso de solidão. Solidão é coisa triste. Pior é que só gente triste e problemática se enreda com Laura. Um detetive, um anjo, um maluco. Ficção bem arquitetada pelo campeão André Vianco, em seu 13º livro. Mesmo com seu merecido e belo sucesso o autor não consegue escrever sem os componentes de mistério, terror, suspense e quando oportuno, vampirismo. Para quem gosta é prato cheio. A história de Laura vai muito bem até o capítulo 30, quando o leitor – desavisado - toma um susto. Do nada, um policial, detive-policial durão, profissional, se apaixona... do nada. Apaixona-se perdidamente por Laura a quem ele espionava. Assim: você me inspeciona e se apaixona. Normal, não? Aparece anjo, mistério, ocultismo, terror e o velho e bom suspense.
Depois é uma embolação só. Luz que acende. Luz que apaga. Cubículo sem saída, sem escada, sem buraco. Prateleira que cai. Parede que se abre. Corredor que surge até o túnel. Gente que recebe tiro e a bala desvia. Anjo para lá, anjo para cá. Bem feitos e maus feitos com graça e sem graça, até o final. O autor é bom. O livro, depois do capitulo 30 é chato, talvez pela banalidade, talvez pelo lugar comum do impossível que fica possível. Como num passe de mágica do chapeuzinho vermelho e seu lobo mau. Final da história previsivel e ...patético. Apesar de Rodrigo Soares, titular do atendimento ao internauta no site livronautas tenha dito que "O Caso Laura" estava bombando nas redes sociais,este não é um livro que se possa recomendar a leitura. É um livro ruim...





Mais informações sobre este livro acesse a Livronautas - Clique Aqui
Informações sobre o Autor André Vianco - Clique Aqui

domingo, 8 de abril de 2012

Livro Eles se Acreditavam Ilustres e Imortais



Este é um livro que leitores idosos, velhos ou antigos gostarão de ler. Os leitores jovens – entre 15 e 35 anos – dificilmente ouviram falar de qualquer dos personagens do livro, ainda que nenhum deles seja ficção. São celebridades mundiais que morreram doentes, desprezadas, esquecidas e até odiadas por parentes, amigos e fãs, numa triste repetição do mistério da vida. O tempo de vida é contado em anos. Raramente ultrapassa cem. O individuo nasce sozinho, vive em conjunto e morre sozinho, às vezes abandonado. Os leitores jovens não darão relevância à leitura, já os menos jovens, concordarão com o autor: O apogeu e a queda da vida são cruéis. Das celebridades é muito pior, pois geralmente só lhes sobram a ingratidão, esquecimento, pobreza e solidão. Assim foi a vida do arquiteto francês Le Courbusier, o arquiteto que fez escola mundial, cujos maiores discípulos foram Oscar Niemayer e Lucio Costa, autores do Plano Piloto, cidade de Brasília, em 1960. Leitura fácil, rápida e triste. O autor Michel Ragon nasceu na cidade de Marseille, França, em 1924. Tem 23 livros publicados. Aos 19 anos, em 1943, na cidade de Paris escrevia panfletos contra a invasão da França dos alemães, tendo sido perseguido pela Gestapo. Livreiro no pós 2ª Guerra, tornou-se poeta, crítico e historiador da arte e da arquitetura moderna.

Mais informações sobre o Livro: Clique Aqui

Informações sobre o Autor: Clique Aqui

quarta-feira, 4 de abril de 2012

O que o faz escolher um livro entre milhares de outros na livraria?

Meados de 2011. Eu garimpava a internet procurando o livro “Pescar Truta na America”, quando me deparei com um comentário maravilhoso, poético, inteligente e espetacular, de outubro de 2007, no blog “Caminho do Careca”. Eu jamais tinha ouvido falar de Tibor Fischer, ou de seu livro A Gangue do Pensamento. Jamais compraria um livro com esse titulo. Mas diante do comentário do careca, resolvi arriscar.

"Pescar truta na América. Uma vez eu estava relendo O Mundo Segundo Garp, um excelente livro do John Irving que virou um filme médio com o Robbin Williams no papel principal. Não foi nem culpa dele, Robbin, que na época era um excelente comediante. É que o livro é bom demais, cheio de histórias paralelas, difícil de transpor para o cinema. Pois no livro, de repente o escritor iniciante Garp conta o que o faz escolher um livro entre milhares de outros na livraria. A magia está relacionada à primeira página, às frases, às primeiras palavras escritas no compêndio. Garp, fã do Grande Gastby de F.S.Fitzgerald, que reli por causa dele, decidia levar um livro se sentisse a fisgada do primeiro parágrafo. Em resumo, são os livros que nos pescam. Somos todos peixes para os escritores. Mas muito deles não sabem disso. Richard Brautigan sabia. Em 1967 ele escreveu um livro genial, Pescar truta na América. Vendeu dois milhões de exemplares. O livro saiu no Brasil, pela editora Marco Zero, com tradução de José J. Veiga. Na orelha do livro, o escritor goiano diz que é fã de Brautigan desde a década de 70, quando leu outros livros dele, Watermelon Sugar e All Watched Over. Mas os fãs e os elogios recebidos somente no início da carreira não adiantaram para o Brautigan. Ele caiu dos píncaros da glória para o ostracismo depois que o LSD perdeu o lugar para coisas da Bolívia e as anfetaminas subiram de preço. Mas de vez em quando, eu ainda volto a ser pescado por Pescar Truta...Para mim, um dos melhores livros pescadores do mundo é A Gangue do Pensamento, do Tibor Fischer. O sujeito consegue arquitetar, com brilhantismo, uma gaiola de embromações literárias que hão de enrolar você e suas companheiras de cama por um longo período. Ele parece inteligente a partir da primeira frase. Depois continua inteligente, e termina de um jeito inteligente. No final, você nem percebeu, mas tinha sido fisgado e estará procurando outro livro pescador do mesmo autor. Outro que sabia era o Guimarães Rosa. Nonada, a primeira e também a última palavra de Grandes Sertões, diz tudo. O cara sabia que ia prender você, leitor, pelo beiço. E não adianta sacudir a cabeça, dizer que achou que podia ser mais curto. Se você for um peixe honesto, vai admitir que o livro do G.R. é capaz de pescar qualquer um, do bagre ao atum. Ou seja, a coisa depende da armadilha do início, do garrote invisível acobertado no final do primeiro parágrafo. É ali, debaixo daquela isca de nada, imperceptível, que se esconde a ponta de aço de um anzol que irá ferroar a sua alma, irá aguilhoar o coração empedernido que bombeia o sangue nos seus pulmões. E uma vez fisgado, faça como achar melhor. Existem peixes que só faltam gritar, se debatendo desesperados para ir até o fim, voltar, reler algumas partes, contar para os amigos e só depois se soltar. Outros fogem e voltam, tentam esticar uma linha que terá sempre o mesmo alcance ou se romperá. Poucos são os sábios que se entregam com tranqüilidade no primeiro momento, para depois, de leve, bem de leve, conseguirem aos poucos se soltar. Eu não sou desses últimos, por sinal. Sou dos primeiros, que engolem a isca inteira e se vêem presos pelo esôfago. Me engasgo, me emociono, pareço virar do avesso. Só depois de muito cansado é que descanso de um livro pescador. E durante a minha vida tive a sorte de encontrar uma porção deles.”

Fonte: http://caminhodocareca.blogspot.com.br/

Acesse também: http://www.livronautas.com.br/

Livro A Ganue do Pensamento - Clique Aqui

segunda-feira, 2 de abril de 2012

A Vida quer é Coragem

Na mídia não se viu qualquer comentário desairoso sobre o livro que narra a trajetória política e pessoal da Presidenta Dilma Rousseff. Estranho, mesmo porque sobre sua vida atual ou pregressa sempre tem quem a critique. O autor Ricardo Amaral, embora jornalista conhecido, não tem (aparentemente) outros livros publicados. O sábio – desconhecido – Gustavo diz: “se a história é boa, o livro é bom”. Ao abrir o livro “A Vida Quer é Coragem”, não se encontra qualquer referencia ao autor, o que parece uma grave falta da editora “Primeiro Plano”. Mas esta falta de importância não corresponde à falta de talento. Conclusão: a história parece boa porque o livro é bom. Talvez prolixo ou “esticado” em alguns capítulos. Mas a narrativa emociona. Emociona não apenas na primeira parte do livro, onde o autor narra a trajetória pessoal da Presidenta, que na juventude foi militante da esquerda e guerrilheira. Perseguida pela polícia militar foi detida, torturada e condenada à prisão pela Justiça Militar, com pena cumprida no presídio Tiradentes, em São Paulo, durante quase três anos, entre 1970/1972. A segunda parte do livro conta a vida política da Dilma, que após a anistia – lenta segura e gradual, nas palavras do ditador Ernesto Geisel - se filia em 1989 ao partido de Leonel Brizolla. Depois passa ao PT de Lula. Aos 63 anos de idade chega à eleição de 2010, quando é eleita Presidente da Republica, por 55.752.483 votos. Ela derrotou José Serra, do PSDB, a quem já havia vencido no primeiro turno. O livro termina com sua posse. Se um livro consegue emocionar o leitor, mesmo quando os fatos do biografado já são de conhecimento publico, certamente é livro mais que bom. Por isso “A vida quer é coragem” é excelente, mesmo quando, antecipadamente, todos já sabem o seu final. Acesse http://www.livronautas.com.br/ insira o nome do livro ou do autor no espaço “buscar” e saiba mais sobre este e outros livros considerados ótimos. Tem alguns excelentes e também alguns livros ruins e outros péssimos.

Para visualizar mais informações sobre o Livro - Clique Aqui
Mais informações sobre o Autor - Clique Aqui

Acesse também o nosso site http://www.livronautas.com.br/